Lacks morreu em 1951, aos 31 anos, de câncer de colo de útero. Ao perceber os primeiros sintomas da doença e procurar atendimento médico, ela teve suas células cancerígenas retiradas para biópsia sem seu conhecimento nem consentimento.
O tumor que tirou a sua vida era diferente, em vez de morrerem, elas dobravam a cada 20 a 24 horas, segundo Dr. George Gey, o médico que a examinou, sendo de uma coloração arroxeada e sangrando facilmente ao ser tocado.
Após passar por um tratamento, o tumor continuou crescendo e tirou a vida de Lacks. Contudo, o 'plot twist' dessa história está no médico que a atendeu. Após ela falecer, ele removeu amostras das células do tumor e ficou espantado ao descobrir que as células se multiplicavam indefinidamente. As células de Lacks estão vivas e crescendo até hoje, sendo consideradas células de um tumor imortal.
As células foram batizadas de HeLas, em homenagem ao nome da mulher, sendo usadas para desenvolver vacinas e também sendo o ponto de partida para a maioria das pesquisas com células humanas, já que são infinitas e os cientistas não precisam buscar células novas toda vez que forem pesquisar algo. Cientistas e médicos afirmam que jamais encontraram outro caso similar ao de Lacks.
Em 2021, A Organização Mundial de Saúde (OMS) homenageou, de forma póstuma, a mulher negra americana Henrietta Lacks com o Prêmio do Diretor-Geral da OMS. O prêmio reconheceu a contribuição e o legado de Lacks para a ciência e as injustiças raciais cometidas em nome da ciência contra pessoas negras, especialmente mulheres, no passado.
G1 SAÚDE <Disponível em https://g1.globo.com/saude/noticia/2021/10/13/oms-da-premio-postumo-a-mulher-negra-que-teve-celulas-cancerigenas-retiradas-do-corpo-sem-consentimento.ghtml>
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