Uma luva que interpreta a linguagem de sinais e a converte em fala real pode mudar a vida de milhões de pessoas.

Uma luva que interpreta a linguagem de sinais e a converte em fala real pode mudar a vida de milhões de pessoas.


Um engenheiro boliviano criou um dispositivo capaz de transformar a linguagem de sinais em fala real, revolucionando a maneira como os surdos se comunicam com o mundo.

A língua de sinais ou língua gestual é uma língua de comunicação do tipo visual que surge nas comunidades de pessoas surdas/deficientes auditivas, ou se deriva de outras línguas de sinais.

Ciro Ceballos Claure, especialista em mecatrônica, projetou este sistema inovador que usa pelo menos cinco sensores por mão para capturar com precisão os movimentos dos dedos e das mãos, interpretá-los e traduzi-los em palavras audíveis em tempo real.

Embora o protótipo atual dependa de uma rede de cabos visíveis, seu criador já está desenvolvendo uma versão sem fio mais leve, portátil e pronta para uso.

Essa tecnologia não apenas quebra barreiras, mas também promete abrir um novo capítulo na inclusão social, permitindo que a linguagem de sinais seja ouvida em qualquer lugar.

"Vocês devem se lembrar que o dispositivo era muito maior e muito mais desajeitado, cheio de cabos. Tenho trabalhado em um modelo mais simples, mais fácil para surdos usarem. Neste caso, ele também tem uma pulseira com sensores que conseguem detectar a ativação elétrica muscular por meio de sinais eletrodemográficos", explicou ele em entrevista à BTV.

Ceballos começou a trabalhar no projeto depois de estudar Engenharia Mecatrônica na Universidade Católica de Tarija, aperfeiçoando gradualmente o protótipo, que antes era um grande dispositivo embutido no peito do usuário. Agora ele se resume a um pequeno cartão e diversos sensores que captam a orientação e a posição do espaço nos dedos da mão, proporcionando assim maior conforto e liberdade ao usuário.

"A iniciativa surgiu durante meus anos de universidade, quando tive a oportunidade de trabalhar como voluntário com pessoas com deficiência auditiva. Com base na interação que tive com elas, consegui identificar alguns fatores cruciais para considerar como posso ajudar essas pessoas a se comunicarem melhor conosco", disse ele.

Ele também indicou que foi preciso muito trabalho para tornar o dispositivo mais fácil de usar, já que pessoas com essa deficiência desenvolvem habilidades motoras muito mais efetivamente.

"Estou desenvolvendo o protótipo número 2, após melhorias estéticas e dimensionais. Custa aproximadamente Bs 7.000, considerando o trabalho que venho fazendo, aquisição de equipamentos, importação, etc., para estar no mesmo nível comercial de outros dispositivos, atualizar o dispositivo e, acima de tudo, ter um produto mais completo", explicou Ceballos.

Créditos

ABI



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